Se deveras soubesse do fim do mundo,
deixaria a matéria de lado;
sonharia, pra sempre, acordado;
a harmônia seria meu plano.
Estaria dentre o corte,
em ação, mediando os pensares
os conceitos, aceitando
a loucura e a razão
sem importar-me, com virtudes
nem defeitos;
Saberia seguir sob os mares
a remar, rumo aos não-lugares
numa embarcação de piratas
fugitivos do mundo e seu fim
num conjunto dos loucos de mim
entorpecidos de verbo e palavras
foto-grafiadas, furtadas
a furtar da estação das flores
o arôma, a textura, a beleza
o sabor, o amor e as cores;
Deixaria ao final do meu mundo
todos meus gritos mudos, escritos
os rabiscos que à óleo pintei
e a certeza, do lembrar que sou isto.
Duka Souto
deixaria a matéria de lado;
sonharia, pra sempre, acordado;
a harmônia seria meu plano.
Estaria dentre o corte,
em ação, mediando os pensares
os conceitos, aceitando
a loucura e a razão
sem importar-me, com virtudes
nem defeitos;
Saberia seguir sob os mares
a remar, rumo aos não-lugares
numa embarcação de piratas
fugitivos do mundo e seu fim
num conjunto dos loucos de mim
entorpecidos de verbo e palavras
foto-grafiadas, furtadas
a furtar da estação das flores
o arôma, a textura, a beleza
o sabor, o amor e as cores;
Deixaria ao final do meu mundo
todos meus gritos mudos, escritos
os rabiscos que à óleo pintei
e a certeza, do lembrar que sou isto.
Duka Souto