terça-feira, 17 de abril de 2007

Sorria...musica nova...to trabalhando nela ainda...

Sorria...


Entre eu e eu mesmo...
o questionamento...
o momento, a chuva...
o desatino, a mistura...
a rima, as palavras...
vem e vão...
em vão, não...
sendo, somente são...
estão, solenemente sós...
cheias de nós...
de poeira, antigas...
novas, palavras feridas...
sofridas, tolas...
nas lôas, cantigas...
canções, melodias...
palavras de alegria...
do dia...
então...sorria...
que o sol...
brilha...
estrelas...vagam...
na escuridão...
noturna...
e o sol..
brilha...estrela diurna...
ilumina a lua...

Duka Souto 26/03/07

Um sonho...

Um sonho...

Uma vez vi a morte num sonho.
E a danada me disse assim...
pr'eu esquecer tudo que era medonho...
e plantar uma flor no jardim...
me contou como era morrer...
que não tava na hora d'eu ir...
me mandou pará até de sofrer...
de chorar e me fez foi sorrir...
recitou para mim poesias...
me encantou, e cantou uma canção...
me falou de suas fantasias...
apertou forte o meu coração...
acordei perguntei...sonho era!?
Levantei e fui ver qual era a hora...
era inverno, um frio, uma demora...
eu dormi e chegou a primavera... .... ....

Duka Souto 23/03/07

...IM...

...IM...

Verso acelerado
de repente lento
Vem e fica assim...

Um de cada lado
como o sentimento
Nunca terá fim...

Eu demasiado
vivo atordoado
por ser sempre assim...

Certo e errado?
vivo e enterrado?
naquele jardim?

Flores são cheirosas
gosto mais de rosas
do que de jasmins...

Poesia ou prosa?
doce ou amargosa?
pra tu ou pra mim?

Duka Souto 22/03/07

Penso...simples erro!

Penso...simples erro!

Penso,
coisas boas
faço coisas, lôas
faço, no compasso meu...

Simples,
não seria,
e fosse, tudo fácil
hoje, não seria eu...

Erro,
pelo meu excesso,
no instante, o verso
vai me abandonar...

Duka Souto 14/03/07

Pra você...

Pra vocÊ!

Chego aqui bem devagar
Sempre com todo respeito
Sem querer ficar sem jeito
Olho até a vista cansar
Como quem jamais se cansa
Sem saber se fala ou grita
Se contenta na escrita
Em observar a dança
Na saudade permanente
De seu cheirinho floral
De fragrância essencial
Que deixasse na minha mente
E o meu eu desbussolado
Que se perde sem parar
Imagina te cheirar
Antes de ficar calado
Despendindo-me por hora
Deixa um beijo de saudade
Do meu eu felicidade
De escrever isso agora!

Duka

Tempestade...

Tempestade.

Dias de tempestade;
Aborrecimentos inesperados;
E a dor sentida, ao tocar nos calos;
Geram um conflito, traz ansiedade;
Deixa uma contusão;
Nos seus sentimentos;
Causam confusão;
Em seus pensamentos;
Palavras ferem mais;
Que qualquer facada;
Cicatrizes imortais;
À pessoa amada;
Assim como ferem;
Também amenizam;
O tom e a voz diferem;
E se eternizam;
Para quê discutir?
Para quê brigar?
Porque não sorrir?
Porque não amar?

Duka 05

sábado, 14 de abril de 2007

Tudo que sou é a morte...

Tudo que sou é a morte.

Tudo que vejo são sombras
Tudo que escuto são sussurros
Tudo que sinto são passos
Tudo que sou é obscuro.

Tudo que escrevo é loucura
Tudo que falo é viagem
Tudo que penso é virtude
Tudo que sou é paisagem.

Tudo que eu olho eu vejo
Tudo que ouço eu escuto
Tudo que bate eu sinto
Tudo que sou é um susto.

Tudo ouço são risos
Tudo que esperto é clareza
Tudo que toco eu destruo
Tudo que sou é tristeza.

Tudo que escuto é um choro
Tudo que quero é um dia
Tudo que peço é um olhar
Tudo que sou é alegria.

Tudo que tenho é sorte
Tudo que falo... duvida
Tudo que sou é a morte
Tudo que temo é a VIDA!


Duka Alves, 29/12/2001

Sem titulo...

...

Tão perto, e ao mesmo tempo tão distante,
Cheio de saudade, de um passado, de um instante,
Louco por um olhar, que guardo na mente,
Louco ao lembrar, de um beijo da gente...
Transferindo aqui, os meus pensamentos,
Registrando novamente certos momentos,
Mas sem nem saber, o que vais pensar,
Sem querer entender, sem me preocupar...
Não sei se ligo, pra saber de ti,
Não sei o que faço pra te ver sorrir,
Muitas vezes penso em te procurar,
Mas não sei se queres meu eu encontar...
Fico aqui na dúvida sem uma certeza,
Sem uma resposta, nada de clareza,
Somente escrevo pra me destrair,
Pois assim talvez te faça sorrir!

Duka Souto 2006

Recomeço...

Recomeço...

Lendo alguns poemas, ja em recuperaçao...
Este adicto, quase poeta, aqui transborda de emoçao...
Põe sentimentos em verso, culpa, arrependimento, dor...
Agradece a um ser complexo, lembrando-o, fala de amor...
Lágrimas numa partilha, removem um fardo bem pesado...
Remédio toca na ferida, fissuras ardem por todo lado...
Leveza, aos poucos, me toma conta...
Lembro de flores, sem ter jardim...
Na memória, o olhar d'uma certa moça...
Que por medo, se afastou de mim...
Medo, que expressado, me deu mais força...
Em buscar tratamento, ajuda...
Hoje ciente da minha doença...
Não deixo a dor, mais gritando muda...
Partilho, choro, com sobriedade...
Na abstinência é que me conheço...
Descubro que tenho uma eternidade...
Pra reparar erros, num novo começo.

Duka Souto 2006

Felicidades...

Felicidades

Uma palavra parabeniza,
um abraço traz saudade,
num beijo a liberdade,
e um olhar se eterniza...
um som traz lembranças,
o vento...o frio,
a pele...o calor,
no carinho o arrepio...
um sorriso enamora,
um falar..encanta,
e o cheiro nao vai embora,
bobo fico igual criança...
bobo sou mas é bobagem,
coisa de alguem que trela,
depois da chuva na estiagem,
olho olhares da minha janela...
olho e vejo, escuto e ouço,
palavras mudas que o vento diz,
escrevo um pouco no meu repouso,
felicidades prum ser feliz.

Duka Souto. 27/07/06

Assim...

Assim...

estar,
permanecer,
ficar,
no amanhecer,
beijar,
quando então querer,
falar,
sem saber o que,
coisar,
como a coisa é,
e ser,
somente o que der,
lembrança,
traz um nó no peito,
fazer o que se não tem mais jeito?
pensando, só assim de leve,
me expressando,
o meu eu que pede,
assim sem saber por que,
sabendo,
e não querendo crer,
não sei, a causa, não sei,
também, se consigo não sei,
as vezes quero até tentar,
mas o medo de me machucar,
machuca,
só de pensar nisso,
até dói,
bem no infinito,
contudo,
o que irei fazer?,
se em tudo lembro do teu ser,
porque?
tem que ser assim,
complica,
o meu eu enfim,
no fim,
não chegou a chegar,
e eu,
não quero esperar,
cansei das espéctativas,
queimou como queima a urtiga,
é foda,
desculpa a palavra chula,
em vezes mais bruto que mula,
mas nunca a querer-te o ruim,
te quero só perto de mim,
mas sei que nunca vai ser,
mesmo assim o que irei fazer!?

Duka Souto, 29.07.06

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Nao tem coisa melhor que sonhar...

Não tem coisa melhor que sonhar...
Sonhar que melhor coisa tem não...
Mergulhar no profundo, igual voar...
Pelo ar, flutuar, como luz na escuridão...
Encontrar o que o tempo levou...
Desfrutar coisas quase irreais...
Relembrar como foi o que passou...
Reviver com gosto de quero mais...
Questionando o sentido do existir...
Do nascer, crescer, reproduzir...
Viver, envelhecer, olhar pra trás e rir...
Fazer sem conhecer o certo ou errado...
Girar o olhar e ver o corpo inteiro de lado...
Chegar no fogo sentido o quente ser gelado...
Sem ser matéria, no sonho é tudo energia...
Nada machuca, leva-se luz onde nada acendia...
E o que era noite escura, finalmente ganha o riso do dia...
Como a luz flutuar na escuridão...
Num vôo profundo, poder mergulhar...
Sonhar que melhor coisa tem não...
Não tem coisa melhor que sonhar.

Duka Souto 7.7.6

Hoje...

Hoje...

Num dia que chora, lágrimas de chuva...
Um raio de sol, chega pra alegrar...
No final da tarde, quase noite quase...
Noite que precisa do brilho lunar...
Nuvens carregadas, vento forte e frio...
Ouço um jazz gostoso, para escrever...
Não mais ansioso, sem preocupação...
Faço os pensamentos de mim, desprender...
Desprendido lembro de um tal sorriso...
Discreto e meigo, com certa timidez...
Brilhante, sedutor, amante e amigo...
Entretanto distante por mais uma vez...
Sempre me acontecem coisas deste tipo...
Pregações que a vida, vem a me pregar...
Cheias de paixões, abrem me feridas...
Que não doem, sangram nem vão cicatrizar...
Longamente abertas, fazem-me feliz...
Só a imaginar, o já visto nos sonhos...
Campos, flores, olhares, luz no infinito...
Aromas, que ao sentir-los, eu me descomponho.

Duka 06

Nao medonho...um sonho interessante...digamos que tenha sido lucido...

Não Medonho!

Uma vez era só sonho...
E o sonho, era o mais puro...
Apesar de estar tudo escuro...
Não senti aquele frio medonho;

Coloquei-me frente a mim mesmo...
Descobri que estava errado...
Pude então ver do outro lado...
Fiz-me ver pelo espelho negro;

Negro eu, negro quadro...
Negro sangue, corrente nas veias...
Negra viúva, tecendo suas teias...
Negro eu, Eduardo;

Sem alterar meu estado mental...
Sem catalisar, nem diminuir...
Sem chorar, também sem sorrir...
Chego às portas do sobrenatural;

Sobretudo, do meu inconsciente...
Consciente incontrolável de meu ser...
Das coisas simples, mas difíceis de entender...
Tal simplicidade me deixa impaciente;

Mas simplesmente, falando do meu sonho...
Descobri que não estava desacordado...
Percebi que era o escuro iluminado...
Iluminado e tão belo, não medonho!

Duka Souto 14/02/06

Sem tiro...tempo bom esse...transpirava musica com a galera...

Sem Tiro.

Um segundo pode ser eterno demais para a carne,
É muito mais cômodo desconhecer que tomar consciência,
O ato é pensar, o ato é pensar,
Não sejamos tolos de só comprar, comprar, comprar,
Sejamos burros a ponto de amarmos indiferente,
Chega de roleta americana ensinando a gente,
Chega de acharmos que somos burros a ponto de não amar,
De não amar, a ponto de não amar,
Tudo isso é só, tudo isso é só,
E juntos seguimos todos sozinhos a caminho do absoluto,
Sem luto, sem medo, sem tiro.
Em cada pessoa e a cada dia depois do outro,
Universos estranhos vem surgindo rosto a rosto,
Assim é o mundo mas o meu mundo não é um só dia,
Energias e sentimentos e o mais importante é a alegria,
Não quero ser tolo me julgam um louco porque sei amar,
E rosto a rosto eu olho no olho por mim a passar,
Tudo isso é só, tudo isso é só,
E juntos seguimos todos sozinhos a caminho do a absoluto,
Amando, sorrindo, sem tiro!

Duka, Ovelha e Galego

Amizade...tem uma galera que conhece essa como uma musica...

Amizade

Em cada palavra falada,
cada silaba separada,
cada gesto de gratidao,
que vem de dentro do coraçao...
sorrisos,
felicidade,
cumplicidade tambem talvez...
por todos os lados há igualdade,
pra mim isso é bom nao sei pra voces...
na gota de chuva que cai no chao,
no brilho da estrela que ta no céu,
no abraço fraterno de um irmao,
com a simplicidade d'um tom pastel...
vivendo na paz e com muita harmonia,
em cada esquina dessas cidades,
enconto voces e so vejo alegria,
eu sei o valor que tem uma amizade...
voce que é pobre ou podre de rico,
na beira da praia ou do manguezal,
morando em casebre ou num puta edificil,
nao to nem ai todo mundo é igual...

as minimas coisas nao escapa nada
sempre comentando ao ser percebido,
na historia triste ou naquela piada,
sorrindo ou chorando eu sou teu amigo.

Duka Souto

Coisas...essa é um reggaezinho gostoso...

Coisas...

Coisas da cidade...na verdade aqui presente...
O pensar d’uma pessoa só que questiona sua mente...
Descobrindo no absurdo a clareza incandescente...
Aquilo que só fala mudo e ensurdece de repente...

Como falar da janela, e não poder escutar...
O que a voz daquela bela, estaria a falar...
Ou tropeçar no escuro, levantar e prosseguir...
Abrir o terceiro olho e enxergar pelo sentir...

Coisas de felicidade, energia e sentimentos...
Filmadora que registra na seqüência os momentos...
Como o som que é criado do ouvir soprar os ventos..
Como um quadro é pintado e ultrapassa vários tempos...

Como realizar sonho, por vontade de querer...
Ou pensar n’algo medonho, e se lembrar de esquecer...
Quem sem muita cerimônia põe a boca pra falar...
Tropeça na sua vergonha fazendo conscientizar...

Coisas só da vida minha, de um cotidiano louco...
De quem acaba de nascer...e vai andando pouco a pouco...
De quem sabe aonde pisa, e quem sabe onde chegar...
De quem ouve pela brisa as palavras pra cantar...

E o vento fala tudo...pra quem ouve seu zoer...
Fala grave ou agudo...fala com todo o saber...
De ser quem viaja o mundo...sem parar pra descansar...
De ser quem sabe de tudo...só não tem pra quem contar.

Duka 200...?

Novo Nascimento...musica de melodia gostosa mista de reggae e loucura musical...

Novo nascimento

Novo nascimento em cidade nova
um tanto mais de crescimento passo por mais uma prova
sinto falta de uma vida que ficou pra trás
uma lembrança bem vivida de um sorriso e algo mais
de um amor tão bem vivido de minhas amizades
vou ficando dividido mas eu vou fazendo as pazes
vou buscando novos ares e novos amores
estudando novas artes e novos rumores
tem uma coisa que em mim tenta me derrubar
mas é tão belo e não é ruim volto a me levantar
assim meio desajeitado como uma flor que seca
mas vem a chuva e no cerrado a vida então desperta
e fica esperta não deixa o tempo passar
cada segundo sempre alerta só a acreditar
mas uma nuvem o vento traz e quer mudar o clima
e o calor da luz do sol me leva para cima
a luz da lua só reflete os meus sentimentos
e a gravidade faz pressão sob os meus pensamentos
e os momentos vivo sempre intensamente
sem mais tormentos torno a andar pra frente
finco raízes aéreas de manguezal
e nas matrizes aratus em habitat natural
normal eu vou subindo até o cume
palavra certa ou errada assim é que se assume
assumo assim que agora sou dos santos
nessa cidade de axé descubro mais encantos
e os meus cantos a cada dia prosseguindo
e dessa vez o que vos falo é que estou sorrindo
e vou sorrindo alegre ao mesmo tempo triste
sentindo dor por uma coisa que não sei se existe
como alpiste que alimenta o passarinho
e o mato seco que serve pra tecer seu ninho
sozinho pensando escrevo no escuro
na minha frente o que vejo é só um grande muro
vou estudando-o pra depois poder pular
do outro lado não sei o que vou encontrar
o que me espera não quero nem saber
com a mente aberta vou esperar amanhecer
e no alvorecer de apenas mais um dia
um assobio familiar era o que ouvia
o que sentia não sei só sei que ia atrás
e uma coisa me dizia tristeza não rapaz
seja sagaz seja sábio e puro
que só dessa maneira vais ultrapassar o muro
e sair desse escuro no qual estás agora
e quando menos esperar vai ter chegado a hora
de ir embora comer seu alpiste sozinho
e o mato seco vai surgir para tecer seu ninho
como el niño botar calor no mundo
e ajudar almas sofridas lá do submundo
não mais confundo tristeza com amor
como aquele que eu sinto por uma certa flor
que me traz dor mas também me faz sorrir
pintando poesia mostro como é sentir
fico deitado parado horas escrevendo
tentando só desabafar se estiver doendo
alegro-me a cada verso que vai pro papel
me sinto leve em vôo livre no azul do céu
o sentimento então prova que existe
resussitando a alegria dum momento triste
na melodia suave da melancolia
também nas frases opostas e na ironia
ligeiramente vou ficando um pouco cansado
inconsciente quase que desacordado
naquele estado em que outro só dormia
simplificando terminando esta poesia.

Duka Souto 17 e 21.3.5

Registro d'uma linda mulher...

Registro d’uma linda mulher.

Um sentir estranho, sem uma denominação;
E um desejo tamanho, de me perder na imensidão;
Do azul-piscina dos teus olhos, nas profundezas do teu ser;
Que nem mil-milhões de Abrolhos, de beleza hão de ter;
A tua boca ao falar, me deixou sem reação;
A tua voz a me chamar, estagnou... excitação;
Um frio medonho no corpo todo, só de chegar perto d’ocê;
Igual criança fiquei bobo, sem nem saber o que fazer;
Sem nem saber o que falar, e nem também pra onde ir;
Sem nem saber se ia lá, de longe olhei ocê sorrir;
Travou-se tudo que eu pensava, ficou só ocê na minha frente;
E no cabelo sua mão passava, e o frio esquenta de repente;
E quente fica o calor, sua energia me dava choques;
E cada vez com mais ardor, sem nem a gente trocar toques;
É muito estranho, com certeza, ainda estou a questionar;
E assim na dúvida, mas com clareza...
Só escrevi pra registrar.

Duka 2005

Corpo dança riso e nuvens...

Corpo, dança, riso e nuvens...

Ao olhar a ti dançar, extasiei-me, que bonito...
não sabia, no entanto, o que me levou a isto...
me perguntei se era a dança, ou se era quem dançava...
a resposta não saia, e a pergunta não calava...
fiquei em questionamento...
em busca da solução...
esqueci tudo num momento...
até a interrogação...
descobri tanta beleza, no movimento corporal...
e minuciosamente, levantei o meu astral...
Nossa! que encantador, teu dançar enamorante...
teu sorriso alucinante, quase que me derrubou...
fez-me rir, e deixou-me até sem graça....
mas a minha timidez, é sentimento que passa...
Não sei mais o que falar...
as palavras me confundem...
guardo em mente tuas imagens...
e me esbarro entre as nuvens!

Duka Souto
14/11/06
Vivendo, quase apenas sobrevivendo..
estranho isso nao!?
complicado de se enteder...
é assim q as vezes me sinto!
como olhar no espelho e nao se ve!
ver uma imagem distrocida,
ver,
e entao se questionar,
estou na linha de partida!?
ou no fim da linha, quase a acabar!?
reflexoes de um ser que existe,
com suas razoes e inrazoes,
seus gostares e seus desgostos,
suas açoes e reaçoes,em pouco tempo,
sempre é assim,
e o tempo passa sem avisar,
passa ligeiro que nem o vento,
e as vezes faz arrepiar,
as vezes faz com que um momento,
chegue a se eternizar,
como agora nesse segundo,
estou pensando ao registrar,
agora nao sei o que dizer,
o sono chega e me consome,
o cansaço me abraça forte...
e deixa o meu pensar mais longe!

Duka Souto 06

Espinho

Espinho

E o silencio era meu grito,
nem eu mesmo escutava,
bem mais alto gritava em silencio,
e meu peito entao se rasgava,
a dor do questionamento ,
nem com remedio diminuia,
a fraçao do meu pensamento,
multiplicava nao dividia...
a coragem entao me deu asas,
como um colibri eu voei,
bem ligeiro, sutli, elegante...
em nenhuma flor eu parei,
e chegando no ninho distante,
pousei e me pus a pensar,
numa rosa de aroma picante,
que ficava do lado de lá...
num espinho onde me feri,
e uma gota de sangue escorreu,
fui lembrando e cheguei a sorrir...
entendi que o espinho sou eu!
Duka

Eu!!!

Eu

tudo que um dia eu fui
é tudo que melhorei pra ser agora
meu eu cresce nunca diminui
balançado pelos meus eus de outrora

certo ou errado é assim
dúvida ou clareza lado a lado
rosas que tem cheiro de jasmim
sinos a tocar sem ter badalo

ser um aprendiz eternamente
fazem minha pessoa ser feliz
dizem ao meu eu intermitente
pra onde chegar fincar raiz

flores a brotar em vários olhos
brilhos a ofuscar minha visão
belezas tais como a de Abrolhos
natural, fazem perder na imensidão

confusão de pensamentos e questões
indicam uma mudança quase eterna
sentindo bem mais que sensações
mesmo quando quase meu eu hiberna

tantas as perguntas matinais
tantas as respostas vespertinas
tanto dialogo com animais
tanto olho olhares de meninas

tantas noites tenho pesadelos
tantas noites não lembro dos sonhos
em sonho fui até vários terreiros
livrar-me dos olhares tão medonhos

ciganas a dançar em puro ardor
anjos a atirar-me ao peito flechas
sempre a desejar um novo amor
mantenho-me com as portas do meu eu abertas...

mantenho-me com as portas do meu eu abertas...
sempre a desejar um novo amor
anjos a atirar-me ao peito flechas
ciganas a dançar em puro ardor

livrar-me dos olhares tão medonhos
em sonho fui até vários terreiros
tantas noites não lembro dos sonhos
tantas noites tenho pesadelos

tanto olho olhares de meninas
tanto dialogo com animais
tantas as respostas vespertinas
tantas as perguntas matinais

mesmo quando quase meu eu hiberna
sentindo bem mais que sensações
indicam uma mudança quase eterna
confusão de pensamentos e questões

natural fazem perder na imensidão
belezas tais como a de Abrolhos
brilhos a ofuscar minha visão
flores a brotar em vários olhos

pro onde chegar fincar raiz
dizem ao meu eu intermitente
fazem minha pessoa ser feliz
ser um aprendiz eternamente

sinos a tocar sem ter badalo
rosas que tem cheiro de jasmim
dúvida e clareza lado a lado
certo ou errado é assim

balançado pelos meus eus de outrora
meu eu cresce nunca diminui
é tudo que melhorei pra ser agora
tudo que um dia eu fui!!!

Duka 2005

Sei lá! Eu!

Sei lá! Eu!

Abrindo os olhos posso ver,
Que meu ser vai assim passando,
Os antes sempre vão ficando,
E os quase chegam a vir a ser!

O hoje é único perfeito,
O feito é feito com argila,
Fica encerado de magia,
É quase sem nenhum defeito.

Vem melado de lama,
Da lama lá do manguezal,
Aratú que corre pra frente e tal,
Energia de chama,
De fogo intenso corporal
Olhos que refletem o que é sobrenatural

Enxerga as flores,
Tira as dores,
Não comenta seus valores,
Jamais se veste com rancores,
Mas ama mesmo é ter amores,
Amores, flores, um milhão de mil valores,
E até furadas de espinhos que não nos trazem dores.
Mas se as flores, iluminando suas cores,
Ao meu jardim de mil amores,
Chegar sem comentar valores,
Em seus olhos vêem cores!

Admirando o toque de um olhar,
Que se mostra sem querer,
E que inocente busca ser,
Chega a se aproximar,
Vem com timidez,
Sorrateiramente,
Olha o olhar da gente,
Pára, dessa vez!

O colibri retorna ao campo,
Mesmo depois de encantar-se,
Com o encanto,
Olha lá do alto, chega a admirar-se,
Ainda não encontra,
A flor que lhe combina,
E nem se quer dá conta,
Nem pensa nem imagina,

Se veste de sorriso,
Esquenta seus extremos,
Esquenta se preciso,
Seus ideais terrenos,

Viaja em pensamentos,
Assim como agora,
E sem ressentimentos,
Lhe diz que vai embora.!


Duka 15/12/05