quinta-feira, 14 de maio de 2009

como se fossem acasos...
num silêncio de profunda paz...
ou apenas ouvidos muito sensíveis a pensamentos...
escutando-os insessávelmente quando partem daquela flor...
isso é como se, para ele, completasse...
autenticasse ainda mais aquele sentimento...
aquele amor... esse amor...
e assim... num bailar de bolhas coloridas...
sorrisos e olhares...
toques corpo a corpo...
as energias somadas resultando a unidade...
dizem sem palavra alguma...
a coisa intensamente... natural...
a completude... de...
não sei dizer... com palavras...
senti-la já é de uma imensidão...
só quem sentiu algo parecido tem uma leve idéia...
nisso... nesse balet de bolhas bailantes...
brincantes... o poeta e sua flor...
vivem...
amam-se...
cozinham feitiços com a colher de pau...
mistaram sabores...
cores nutritivamente... delicosas...
e, em particular...
são tantas coisas...
tantas semelhanças...
tantos completares...
danças...
degustes...
aromadamente...
dôces, picantes, numa mixigenação...
de tons de luz...
ardente...

Re-Encontro

Re-Encontro

14/05/09

No re-encontro sonoro...
no qual almas... formam-se em notas...
música... energia... em compassos...
saudades... que viram canção...
fazem do som um irmão...
o vão da eternidade...
se abre... na evocação...
todos são um na verdade...
das teclas à percussão...
das cordas vocais ao pinho da viola...
a música se desenrola...
como um novelo de lã...
embora o tempo meio curto...
momentos que duram pra sempre...
cravados no meu absurdo...
nas notas que tocam na mente...
sente...
sente...
e escuta...
compassa o compasso...
sem batuta...
o maestro eu chamo de pai...
tem gente que chama de deus..
o que importa é que o som vai...
sair ao encontrar irmãos meus...

Recife Souto

Saudade desse Recife...

Saudade desse Recife...

13/05/09

Recife de rios e mar...
Do Paço, do Marco, das pontes...
Do Capibaribe, da lama...
Para qualquer lado que apontes...
Recife da velha Moeda...
Do Parque Treze de Maio...
De amigos, irmãos, doutros sons...
Do maracatu no embalo...
Recife de Olinda irmã...
De onde te vejo mais bela...
Da Sé, lá no alto sentado...
Te pinto em poema e aquarela...
Te deixo mas fico aí...
Ou aqui onde quer que esteja...
Te levo comigo Cidade...
Mesmo que tu não me vejas...
E os anos podem-se passar...
Tuas cores mudar ou em parte...
Nessa lama do encontro rio-mar...
Respiro no odor tuas Artes...