sexta-feira, 13 de abril de 2007

Sei lá! Eu!

Sei lá! Eu!

Abrindo os olhos posso ver,
Que meu ser vai assim passando,
Os antes sempre vão ficando,
E os quase chegam a vir a ser!

O hoje é único perfeito,
O feito é feito com argila,
Fica encerado de magia,
É quase sem nenhum defeito.

Vem melado de lama,
Da lama lá do manguezal,
Aratú que corre pra frente e tal,
Energia de chama,
De fogo intenso corporal
Olhos que refletem o que é sobrenatural

Enxerga as flores,
Tira as dores,
Não comenta seus valores,
Jamais se veste com rancores,
Mas ama mesmo é ter amores,
Amores, flores, um milhão de mil valores,
E até furadas de espinhos que não nos trazem dores.
Mas se as flores, iluminando suas cores,
Ao meu jardim de mil amores,
Chegar sem comentar valores,
Em seus olhos vêem cores!

Admirando o toque de um olhar,
Que se mostra sem querer,
E que inocente busca ser,
Chega a se aproximar,
Vem com timidez,
Sorrateiramente,
Olha o olhar da gente,
Pára, dessa vez!

O colibri retorna ao campo,
Mesmo depois de encantar-se,
Com o encanto,
Olha lá do alto, chega a admirar-se,
Ainda não encontra,
A flor que lhe combina,
E nem se quer dá conta,
Nem pensa nem imagina,

Se veste de sorriso,
Esquenta seus extremos,
Esquenta se preciso,
Seus ideais terrenos,

Viaja em pensamentos,
Assim como agora,
E sem ressentimentos,
Lhe diz que vai embora.!


Duka 15/12/05

Um comentário:

Naiana disse...

Assim cono os aneis de saturnos são lindos seu blog tbm é.. melancolico, mais tem muita beleza, a malancolia sempre é bela!!